Garotas Modernas : comportamento Garotas Modernas : comportamento
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  • Fadiga da quarentena



    Você percebe que está mais cansada, de saco cheio mesmo da quarentena? Você não está sozinha e isso tem até um termo na psicologia: fadiga da quarentena.
    Quando um alarme toca, nosso cérebro e nosso corpo entram em estado de alerta. O mesmo aconteceu no início da pandemia: com a ameaça de uma doença sem cura E altamente contagiosa que pode levar as pessoas à morte, nosso sistema interno de alarme começou a soar alto. Se algo nos coloca em perigo o nosso organismo começa a preparar nosso corpo para lutar ou para fugir daquela ameaça - o cortisol, hormônio típico do stress e a adrenalina são produzidos em maior quantidade e isso é necessário e positivo para mantermos nossa integridade física.
    No entanto se um alarme fica tocando sem parar por dias e dias a fio em algum momento já não percebemos aquele sinal como algo tão grave e nos acostumamos com aquela ameaça. A partir do momento que as semanas vão passando e a gente não consegue ver o final da pandemia, nos acostumamos cada vez mais com o risco de adoecermos, com os números de doentes e mortos que não param de subir e com a possibilidade de contrairmos o Covid19. De repente aquilo que nos deixava apavorados e chocados em março já tem se tornado banal para muitos de nós, não por termos perdido a sensibilidade em relação às más notícias ou por não enxergarmos mais a importância do isolamento social, mas porque dia a dia nos acostumamos com tudo isso.
    Acontece um desgaste, um cansaço em relação às privações, é como se a gente ainda ouvisse o alarme tocando alto mas estivéssemos tão cansados e habituados de ouvir aquele som que ele passa a não impactar tanto no nosso comportamento. Infelizmente a gente se acostuma e “ligar o foda-se” de vez em quando parece tolerável. Nossa cabeça não consegue se manter em alerta por quatro meses seguidos. A vontade que dá é fingir que as coisas já não estão tão ruins. Dá vontade de fugir do isolamento social. De voltar ao antes que não existe mais.
    A displicência em relação à pandemia é um fenômeno que se vê em todos os países. Muitas pessoas simplesmente estão exaustas de se sentirem estressadas ou com medo o tempo todo. Negar que o problema continua enorme e sem perspectiva de melhora em breve é um mecanismo de defesa que tenta nos fazer fugir de uma realidade dura demais.
    Nem todos acabam furando a quarentena ou encontrando os amigos para uma pizza, mas muitos de nós já passamos pela situação de não higienizar de forma tão meticulosa cada pacote que vem do supermercado ou de não passar tanto álcool gel nas mãos quanto acontecia lá no início desta loucura. Esses dias entrei no elevador com minha máscara na mão e só lembrei de colocar ela dois andares depois. Infelizmente a fadiga da quarentena faz com que a gente saia daquele estado de vigilância constante para um modo mais relaxado, que pode significar mais chances de sermos contaminados.
    Quem ainda não teve pessoas próximas que adoeceram pelo Covid pode ter ainda mais uma falsa sensação de segurança, de que tudo está bem, que não é mais necessário tantos cuidados. No entanto os números de contaminados e mortos no Brasil ainda estão altíssimos e precisamos sim manter nossa disciplina em relação ao distanciamento social e aos cuidados de higiene.
    Se necessário para sua saúde mental saia para dar uma volta, mas não frequente lugares com aglomeração, higienize as mãos e use máscara. Tente encontrar outras formas de lazer e contato social e entenda que se sentir cansada, irritada e triste com as limitações impostas pela pandemia é algo natural. Estamos todos vivendo um período muito difícil das nossas vidas, 2020 não será como os outros anos e certamente está exigindo muito de cada um de nós. Mas mesmo todas as restrições e tudo que estamos perdendo de viver nos últimos meses vale a pena se pensarmos que estamos contribuindo para um bem comum e maior: sairmos desta com o menor número possível de doentes e mortos. Já perdemos gente demais.

    Pare de se exigir tanto!



    Semana passada atendi como psicóloga voluntária (pelo projeto @psicoscontraocovid19) uma moça sobrecarregada com os estudos e afazeres domésticos durante a pandemia.
    Ela estava angustiada por não estar dando conta de várias tarefas e o caso dela me fez pensar em como tem muita gente se exigindo demais e ficando ainda mais estressada por causa de suas próprias pressões internas.
    2020 não vai ser um ano incrível pra ninguém - estamos todos sofrendo, em maior ou menor grau, os efeitos do isolamento social, do medo de adoecer e da incerteza sobre o futuro.
    Esperar de nós mesmas um desempenho “normal” num ano absurdamente “anormal” é querer forçar nossos limites e pode nos trazer muito mais prejuízos que vantagens. Nesse momento é mais que necessário pegar um pouco mais leve nos estudos, na dieta, na produtividade e nas expectativas.
    Estes dias meu marido precisou sair pra resolver umas pendências da empresa dele e tinha me programado para arrumar meu closet, que está super bagunçado (tinha um intervalo grande na minha agenda pois uma paciente precisou desmarcar a consulta meio em cima da hora).
    Olhei pro closet, com minha cadeira rosa com uma pilha de roupas pra serem dobradas e guardadas (quem aí também tem uma cadeira que serve mais pra colocar roupas que pra sentar?) e me deu preguiça. Eu estava me sentindo tão cansada e com tanta dor nas costas que resolvi não arrumar nada: comi meia barra de chocolate (em geral como só um pedaço pequeno por dia), deixei o quarto escurinho e dormi por uma hora e meia em pleno “horário de expediente” e com um monte de coisas pra fazer.
    Foi tão bom! Acordei renovada, leve.
    O closet continua de pernas pro ar, assim que tiver um tempinho e disposição quero arrumá-lo, mas honestamente meu cochilo valeu a pena.
    Pare de querer ser perfeita, ser super produtiva, ser “modelo de mãe” (de estudante, de profissional, de esposa)... Aceite que todas nós estamos vivendo uma época difícil que pede que sejamos mais gentis com nós mesmas.
    Tire um cochilo. Se permita esta gentileza. Lembre que não estamos num concurso para ver quem é a mais incrível. Você não precisa provar nada para ninguém.

    Velha demais para usar uma roupa??? Não!!!!



    Helena Christensen, supermodelo da década de 1990, combinou uma calça jeans com um bustiê de renda e rasteiras para ir à comemoração de aniversário da também modelo Gigi Hadid e Alexandra Shulman, colunista do Daily Mail, e ex editora da Vogue britânica criticou Helena, que tem 50 anos e continua maravilhosa,  dizendo que ela é "velha demais" para usar algo assim. Ela escreveu em sua coluna: "Chega um ponto na vida de toda mulher, embora com relutância, que é preciso passar o bastão para a próxima geração. Nós podemos gostar de pensar que os 70 são os novos 40; e os 50, os novos 30, mas nossas roupas sabem a verdadeira história. Não importa o quão atrevidos sejam seus seios, como suas pernas são longas, nossas roupas simplesmente não parecem as mesmas quando envelhecemos porque são sobre a pessoa que as usa, não sobre os itens em si. Eles são sobre as pessoas - não apenas os corpos - que nos tornamos".
    O artigo repercutiu logo com muitas modelos famosas, como Naomi Campbell defendendo o direito de Helena de usar o que bem entender e criticando a acidez do artigo escrito por Alexandra.

    Em seu Instagram, Helena compartilhou uma foto usando o mesmo top com um texto que definitivamente tem muito mais valor: "Vamos continuar a elevar e apoiar umas às outros, todas vocês que são lindas, inteligentes, divertidas, sexy, trabalhadoras, talentosas por aí", terminando o post com a hashtag "ooops, she wore a bustie again" ("ops, ela usou um bustiê de novo").
    Helena Christensen mostrou que não só é linda por fora mas também tem valores muito mais condizentes com os dias atuais. Afinal, cada uma de nós deve vestir o que bem entender, independente da nossa idade, forma física ou peso.

    O mundo das pessoas, amizades e amores "descartáveis": é isto que você deseja para sua vida?



    Imagem: Pinterest

    Em um mundo onde tudo é tão volátil, tão passageiro, tão veloz, muitas pessoas se esquecem que nós, seres humanos, não somos descartáveis.
    Escrevo este post depois de ler uma reportagem sobre como é alto o número de pessoas que "devolvem" crianças depois da adoção. 
    Isto mesmo, que "devolvem" o filho adotivo por determinadas características da criança não serem compatíveis com suas expectativas.
    Da mesma forma vemos casamentos que duram pouquíssimos meses (as pessoas não tem mais tolerância?), amizades que surgem e acabam num piscar de olhos, pessoas que tem "milhares de amigos" na Internet e talvez nenhum na "vida real", que adotam um bichinho de estimação e depois "jogam fora" porque está dando "trabalho".
    Se você constrói um relacionamento, de amizade, de amor ou até mesmo profissional, você espera que o outro não o descarte como "algo velho" porque você não tem "mais nada a oferecer". Pessoas que baseiam seus relacionamentos só naquilo que elas podem ganhar (ou sugar) do outro erguem suas vidas sobre bases frágeis.
    Hoje, refletindo sobre isto, lembrei de um poema do escritor Sam Levenson (o texto na íntegra está no fim deste post), onde ele diz: "Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora."
    Resgatar pessoas não significa, é claro, você trazer de volta para sua vida aquele ex-namorado canalha que traiu você um monte de vezes e lhe magoou sem sequer se arrepender e sim perdoar aquela amiga que já lhe pediu desculpas pelo erro cometido. 
    É se reconciliar com seu pai, mãe ou irmão com o qual você brigava na adolescência. 
    É confortar quem procura seu colo.
    Procuro cuidar com muito zelo de todos os relacionamentos que fui construindo ao longo da vida. As pessoas que amo, as pessoas com as quais convivo merecem isto.
    Não meço o tamanho do carinho que tenho por alguém por causa da sua conta bancária ou das "vantagens" que determinada amizade possa me proporcionar. 
    Tenho medo de pessoas que só são "amigas" de quem tem dinheiro, status ou posição social. Daquelas que acham que há pessoas que não tem "nada a oferecer", como falei no início do post.
    Porque cara garota moderna, acho que todos as pessoas de bem tem algo a oferecer, não importando sua idade, seu poder aquisitivo ou sua escolaridade.
    Durante todos os anos que trabalhei como psicóloga, algumas das pessoas que mais me ensinaram (provavelmente sem se darem conta disto) foram justamente aquelas que "não tinham nada a oferecer": as meninas vítimas de abuso sexual e de maus tratos da Casa Lar que trabalhei como voluntária, meus pequenos pacientes com câncer do setor de quimioterapia do Hospital Infantil Joana de Gusmão, um paciente que não tinha dinheiro, mas doou um rim para a irmã. Pessoas que com suas histórias me ensinarem sobre amor, resiliência, coragem, transformação, caráter, sonhos e fé.
    As pessoas não são algo descartável, para as quais podemos virar as costas na primeira dificuldade (e isto também vale para seu bichinho de estimação). Construir uma carreira, uma amizade, um amor, uma família demanda tempo, empenho, paciência, persistência.
    Não desista de tudo tão rápido!
    O texto abaixo é erroneamente atribuído à atriz Audrey Hepburn, porém é na verdade um poema do qual ela gostava muito, escrito por Sam Levenson, escritor e jornalista.
    Ela leu este poema para seus filhos, no seu último Natal antes de falecer...

    Dicas de beleza testadas pelo tempo.
    (Sam Levenson)
    1 – Para ter lábios atraentes, diga palavras doces.
    2 – Para ter olhos belos, procure ver o lado bom das pessoas.
    3 – Para ter um corpo esguio, divida sua comida com os famintos.
    4 – Para ter cabelos bonitos, deixe uma criança passar seus dedos por eles pelo menos uma vez por dia.
    5 – Para ter boa postura, caminhe com a certeza de que nunca andará sozinho.
    6 – Pessoas, muito mais que coisas, devem ser restauradas, revividas, resgatadas e redimidas; jamais jogue alguém fora.
    7 – Lembre-se que, se alguma vez precisar de uma mão amiga, você a   encontrará no final do seu braço. Ao ficarmos mais velhos, descobrimos porque temos duas mãos: uma é para ajudar a nós mesmos, a outra é para ajudar o próximo.
    8 – A beleza de uma mulher não está nas roupas que ela carrega, ou na forma como penteia o cabelo. A beleza de uma mulher deve ser vista nos seus olhos, porque esta é a porta para seu coração, o lugar onde o amor reside.
    9 – A beleza de uma mulher não está na expressão facial, mas a verdadeira beleza de uma mulher está refletida em sua alma. Está no carinho que ela amorosamente dá, na paixão que ela demonstra.
    10 – A beleza de uma mulher cresce com o passar dos anos.

    Fica aqui a pergunta: que tipo de pessoa você quer ser?

    Hoje é meu aniversário!





    Meus 46 anos chegaram e honestamente tá cada vez mais estranho fazer aniversário, porque não me vejo como uma mulher com quase 50 anos.
    Acho que depois dos 40 o contar do tempo poderia ser mais lento, pois como disse Pablo Picasso: “leva-se muito tempo para ser jovem”. Há tanta coisa para viver, pra aprender e aproveitar que me sinto mais perto dos 25 do que dos 50.
    Definitivamente minha idade cronológica não condiz com minha idade psíquica - se fosse responder à pergunta de Confúcio: “Qual seria a sua idade se você não soubesse quantos anos você tem?”, certamente eu diria uns 30 e poucos anos. 
    E você? 

    A gente se preocupa com tanto que esquece de viver



    Quando a gente é criança se preocupa com o boletim no fim do ano.

    Na adolescência se preocupa com a espinha na ponta do nariz.
    A gente cresce e as preocupações aumentam a cada ano...
    A gente se tortura tentando saber por que o carinha da noite passada ainda não ligou (e se pergunta: "o que fiz de errado?").
    Se preocupa com o que irá pensar o chefe após aquele fora dado na reunião.
    A gente se preocupa se tem dinheiro de menos, se tem peso demais.
    Se preocupa dentro do cinema pensando em como vai pagar a conta do cartão de crédito.
    E na cama se o namorado vai perceber ou não a celulite na coxa.
    A gente se preocupa com as pessoas (e algumas delas nem sabem que a gente existe).
    Sofre se preocupando com o que os outros vão pensar.
    Se preocupa com inexistentes defeitos, com o tempo que é inexorável, se preocupa em tentar não envelhecer.
    A gente se preocupa em ser inteligente-sexy-descolada-linda, tudo ao mesmo tempo agora.
    A gente se preocupa o tempo todo tentando não desagradar os outros e assim vai esquecendo de que também precisamos de agrados.
    A gente vive uma vida no depois e no antes, esquecendo de viver o agora.
    Se condena pelo que fez no passado, se corrói em ansiedade pelo futuro. E o hoje passa, sob a sombra do se "pré-ocupar".
    Sim, destrinche a palavra "preocupação": "pré-ocupação", ou seja, se ocupar previamente.
    A gente se preocupa com tanto que esquece de viver.
    Viva o presente, aqui é que estamos.

    Faça como a pequena garota moderna do vídeo, Connie Talbot, de apenas 9 anos, cante a música Three Little Birds de Bob Marley (tradução abaixo) e entenda: tudo vai ficar bem!


    Three Little Birds (Bob Marley)Não se preocupe com qualquer coisaPorque cada pequena coisa vai ficar bem.Não se preocupe com qualquer coisa
    Porque cada pequena coisa vai ficar bem.
    Levantei esta manhãSorri com o sol nascendo,
    Três pequenos passarinhos
    Pousaram na minha porta
    Cantando doces músicas
    De melodias puras e verdadeiras,
    Dizendo ("Esta é minha mensagem para você")


    tradução Vagalume.com

    Post republicado 

    Para começar bem: #10coisasbacanasdasemana

    Imagem: Chuvisco de Risco

    Hoje é segunda-feira, oficialmente o dia mais chato do mundo mas quero propor um desafio com todas vocês, de 10 coisas bacanas para se fazer até sexta-feira.
    Nada muito difícil, tudo com o único objetivo de deixar nossas vidas (e das pessoas ao nosso redor) mais bacana. Espalhar gentilezas por aí!
    Pensei nestes 10 "desafios" com a hashtag #10coisasbacanasdasemana, mas você pode criar os seus próprios:
    1Faça um elogio (sincero e objetivo) a alguém que você não conhece muito ou até mesmo a uma pessoa desconhecida (vale elogiar um acessório, os olhos, os cabelos, a atenção dada pela vendedora da loja)
    2Compre algo bem especial para você, que faça você feliz, mas que custe no máximo 10 reais (que tal flores?)
    3Escreva (num papel bonito, não no computador) uma pequena carta para sua mãe, pai, marido, filho (ou quem você quiser) dizendo o quanto você ama esta pessoa (mas escolha alguém para quem você não costume dizer/escrever isso)
    4Tire uma foto de algo que fez você sorrir durante seu dia e compartilhe (no Instagram, Twitter ou qualquer rede social) com algum poema que você goste
    5Feche os olhos por 1 minuto (de verdade) e pense em 5 coisas pelas quais você é realmente grata
    6Termine (ou comece) um capítulo de um livro até domingo
    7. Convide aquela amiga querida (ou uma irmã, sua prima) que você não vê há muito tempo para tomar um café por sua conta
    8Arrume uma gaveta que está bagunçada e doe o que ainda está bom mas que não serve mais pra você
    9Dance em casa sua música favorita - de preferência com o som alto, sozinha e na frente do espelho... cantando também
    10. Faça uma gentileza a um desconhecido: como ajudar uma senhora a atravessar a rua ou ceder seu lugar na fila do supermercado para a pessoa atrás de você, que está com apenas uma cestinha, enquanto você está de carrinho cheio
    Quem quiser compartilhar nas suas redes sociais, por favor, use  #10coisasbacanasdasemana, pois vou adorar compartilhar meu desafio com vocês!
    Já comecei pelo número 5 e parei pra pensar o quanto eu sou grata e feliz por muita coisa...:) 

    Como enfrentar a solidão num mundo cada vez mais individualista

    Imagem: Simran Sidhu

    Estes dias vindo para casa de carro estava escutando o ótimo programa Pretinho Básico na Rádio Atlântida, que é líder de audiência no horário aqui no Sul e ouvi a seguinte notícia: "mulheres solitárias são as que postam mais informações no Facebook".
    A pesquisa feita por uma Universidade australiana com mais de 600 mulheres é bastante polêmica (o estudo completo está disponível em inglês no site Science Direct em PDF), mas independente de o resultado ser ou não confiável é fato comprovado na prática que muita gente vive se sentindo só, embora muitas vezes esteja cercado de pessoas, buscando nas redes sociais alguém ou algo que diminua a sensação de solidão.
    Na verdade a solidão não é sempre sentida quando você está sozinha e você também não precisa realmente estar sozinha para sentir essa emoção. 
    Com o passar do tempo a gente começa a se sentir cada vez mais confortável com nós mesmos, a apreciar a própria companhia e se é capaz de ficar genuinamente feliz mesmo sem outra pessoa conosco - é quando você está sozinha, mas não está se sentindo solitária. Hoje em dia consigo ficar sozinha e feliz - claro que amo meu marido, a Zoé, a Minnie, a companhia dos meus pais, familiares e amigas, mas se tenho que fazer algo sozinha, aprecio o momento: adoro passear no shopping ou ir ao supermercado sozinha, parar em algum lugar pra tomar um café comigo mesma, ficar em casa lendo (ok, daí não é de fato sozinha pois as cachorras estão sempre deitadas ou brincando ao meu lado ou em cima de mim!).
    Já o sentimento de solidão pode vir mesmo em locais cheios de gente: é possível (e até comum) a gente estar em meio a dezenas de pessoas numa festa, num show, no trabalho, na escola e se sentir solitária.
    Talvez um dos piores tipos de solidão seja a chamada "solidão a dois", quando a gente se sente só num relacionamento, como cantou bem Cazuza:

    "Solidão a dois de dia
    Faz calor, depois faz frio
    Você diz "já foi" e eu concordo contigo
    Você sai de perto, eu penso em suicídio
    Mas no fundo eu nem ligo"

    Isto não significa que casais que se dão bem não tenham épocas ou momentos de maior distanciamento, o problema é quando isso vira regra e os dois não trocam mais beijos, afagos e falam apenas o necessário (a não ser para brigar),  todos os dias. Aí é tempo de rever o que está acontecendo na relação e, quem sabe, procurar um médico psiquiatra ou psicólogo que trabalhe com terapia de casais.
    Em mês de Dia dos Namorados e de Santo Antônio é importante lembrar que não é um namoro ou casamento que irão, necessariamente, livrar você da solidão. É necessário e saudável respeitar a necessidade do outro ficar só: amar não deve se tornar uma simbiose, pois senão acaba sufocando um dos dois ou ambos. 
    Não procure um homem ou mulher para lhe salvar da solidão: muitas vezes o medo de ficar só destrói nossa capacidade de escolher direito nosso namorado (a) ou pior, marido/mulher. Ficar num relacionamento furado pra não ficar sozinha é um erro que já cometi quando solteira e o preço a pagar muitas vezes é altíssimo. Sabe aquela máxima "antes só do que mal acompanhado"- pois bem, é 100% verdade, não fique se enganado com um companheiro (a) "meia-boca" ou que põe você para baixo ou é canalha, você merece mais que isto.
    Outras pessoas esperam que familiares, amigos, filhos e até seus cachorros e gatos as livrem da solidão para sempre, mas esquecem que parte do amadurecimento também passa pelo aprendizado de se estar sozinha em alguns momentos, alguns dias até e nem por isto se sentir triste ou infeliz.
    Claro que vivendo numa sociedade cada vez mais individualista, muitas pessoas tem mil "amigos" no mundo virtual, mas não podem contar com nenhum deles nas situações de crise da vida real.
    Lembre-se que relações são construídas, mesmo aquelas que parecem óbvias, como a de pais e filhos ou entre irmãos. Nem sempre aquele amigo que estará ao seu lado para secar suas lágrimas e de fato apoiar você em momentos difíceis é o mesmo que você vê ou fala com frequência.
    Ao invés de sofrer com a solidão, tente ter três atitudes pró ativas: 
    Construa e fortaleça seus relacionamentos: ouça as pessoas, arranje tempo para elas (nem que seja para um telefonema, um oi no WhatsApp), esteja disponível para ajudar o outro em momentos de crise (pois para festejar um monte de gente nos cerca, mas quando ficamos "pobres", doentes ou tristes muitos "amigos" tendem a se afastar)
    Aprenda a ser feliz com você mesma, tenha ocupações, hobbies ou atividades onde você encontre prazer mesmo estando só você - aprecie sua companhia, sente sozinha num lugar legar para tomar um chá ou café gostoso, aproveite um momento onde todos saíram (para quem mora com alguém) para fazer do seu banho m spa caseiro ou ler aquele livro ou revista bacana, coloque sua música favorita e dance na frente do espelho
    Se o sentimento de solidão estiver atrapalhando sua vida, procure ajuda das pessoas que você confia e, se puder, faça psicoterapia para entender o porquê de você não lidar bem com esta condição natural da vida: precisamos nos amar muito para que nossa felicidade e bem estar não dependam o tempo todo da companhia de alguém
    Ficar ou estar sozinha não significa infelicidade. Aprenda que a tal felicidade depende mais da gente do que dos outros.
    Se ame, se cuide e cuide de quem você ama!

    Coisas belas para alegrar sua sexta-feira (ou, seja feliz no agora)


    Imagens: Pinterest

    Tenha uma ótima sexta-feira, cheia de coisas bonitas como...



    http://28.media.tumblr.com/tumblr_lozemjmBZu1qc5xkgo1_500.jpg
    um cachorrinho fofo
    (via cupcakesandcashmere)
    seu sorvete favorito
    Imagens: June Bug


    Às vezes nós ficamos esperando "o grande momento da nossa vida" para nos considerarmos felizes.
    Este grande acontecimento, ansiosamente esperado, vai mudando com o passar dos anos: é o entrar na faculdade, se formar, arranjar um namorado, conseguir o primeiro emprego, casar, fazer aquela viagem sonhada, ter um filho... A felicidade fica lá, congelada num futuro intangível, que ainda não nos pertence e que não podemos controlar.
    Esperando por aquilo que ainda não aconteceu, muitas vezes nos esquecemos de prestar atenção aos pequenos momentos de alegria de nossos dias, do qual é feito aquilo que chamamos cotidiano e onde reside a verdadeira felicidade.
    Felicidade é tomar um sorvete sem culpa, brincar com um animalzinho, ver uma bela imagem, sentir um cheiro bom... Somos felizes no agora e muitas vezes nem percebemos... Somos felizes no hoje por causa destas pequenas alegrias que permeiam as horas de nossos dias, por causa do abraço recebido, do gosto do brigadeiro, da cumplicidade compartilhada com quem amamos.
    Felicidade também é o banho quente depois de um dia longo, a conversa ao telefone com sua melhor amiga, o beijo melado de bala que uma criança dá em sua bochecha.
    Felicidade é ver o por do sol, é dançar aquela música que você adora... Pode estar nas coisas mais simples, basta perceber. Estas "pequenas alegrias" constroem a tal felicidade.
    Basta a gente lembrar que mais que esperar ser feliz no futuro, a gente precisa aprender a ser feliz no presente, a perceber tudo o que temos e não apenas o que nos falta.
    Seja feliz no agora!

    Coleção... Você faz?


    coleção de sapatos?
    fuckyeahrings
    de anéis?

    de esmaltes?
    de bolsas?

    de maquiagens?

    de objetos cor de rosa (ou de uma outra cor)?
    Imagens: I Wish/Love Shot


    Você faz algum tipo de coleção ou compra algum tipo de coisa mais do que outras?
    Eu tenho adoração por sapatos, livros e revistas há muitos anos e ando aumentando consideravelmente a minha mania por maquiagens e esmaltes.
    E você, querida garota moderna, gosta de colecionar/comprar que tipo de objeto?

    Coisas que gosto

    brooklyntree:  sochloe:  mayellaraine:  fancymypants:  ciel-clair:  englishknigit:  rainbowsockmonkeys:  yourveryownwes:  (via the-devil-wears-prada)
    sapatos
    (via misswallflower)
    acessórios
    appleday:  winnieyap:(via projectfun)  Louis Vuitton.
    Paris

    bichos
    http://27.media.tumblr.com/tumblr_lfeqcreQAl1qzipvbo1_500.jpg
    pizza
    Imagens: I Wish/HeatherMariie


    Tenha um fim de semana cheio de felicidade para você, com coisas que você gosta...
    Não importa se com uma grande festa ou pipoca e TV, seja feliz!!!
    E não esqueça: "O melhor lugar do mundo é aqui e agora"!:)

    Aqui e agora (Gilberto Gil)

    O melhor lugar do mundo é aqui e agora
    O melhor lugar do mundo é aqui e agora
    Aqui, onde indefinido, agora, que é quase quando
    Quando ser leve ou pesado deixa de fazer sentido
    Aqui, onde o olho mira, agora, que o ouvido escuta
    O tempo, que a voz não fala mas que o coração tributa
    O melhor lugar do mundo é aqui e agora
    O melhor lugar do mundo é aqui e agora

    Por que as mulheres são tão machistas?


    Até quando precisaremos tentar reafirmar uma igualdade entre sexos que na verdade não existe?
    • Mulheres devem gostar de rosa (gosto, mas nem todas gostam)
    • Mulheres devem ser românticas (gosto, mas acho romantismo demais um saco)
    • Mulheres fazem amor e não sexo (sério??? em 2015??????)
    Mulheres isto, mulheres aquilo e um monte de questões que raramente ou nunca são dirigidas aos homens, do tipo:
    • Como você concilia seu trabalho e a vida pessoal?
    • Você se sente mais completo agora que é pai? 
    • O que você está vestindo? (pergunta invariavelmente feita para as indicadas ao Oscar)
    Não quero aqui negar as diferenças entre homens e mulheres, mas às vezes me parece que certos estereótipos foram colados na nossa pele, mesmo que contra nossa vontade.
    Em programas como o Big Brother Brasil (sim, assisto) dramas são feitos em torno da expressão da sexualidade das participantes do sexo feminino. Ainda hoje, se o homem transa porque quer ele é o garanhão, mas a mulher é rotulada de "puta, vagabunda" e outros palavrões. E quando um casal não usa camisinha, a bronca da ginecologista vai só para a mulher, como se a decisão de usar ou não o preservativo não fosse dos dois.
    Mulheres morrem no Brasil por causa de abortos clandestinos, enquanto os homens podem simplesmente decidir não serem pais sem serem taxados de monstros. E outras mulheres exibem suas barrigas grávidas numa luta antiaborto como se alguém escolhesse de forma feliz interromper uma gravidez.
    Não sei aí na sua cidade, mas aqui em Floripa, eu penso duas vezes na roupa que vou colocar dependendo do lugar que vou. E não estou falando de escolhas óbvias como não ir de decotão e transparências para o trabalho (da mesma forma que seria ridículo um psicólogo atender pacientes de short e regata), mas do direito de usar um vestido para andar no calçadão do centro da cidade em plena luz do dia sem ser importunada. Me desculpe, mas me chamar de "gostosa" fora da intimidade não é elogio, é agressivo, é invasão do meu espaço, do meu corpo.
    Uma das coisas mais irritantes que acontecia quando era solteira e saía para as baladas eram aqueles caras que pegam no seu cabelo e sussurram coisas. Eca!!! Se não te conheço não mexa no meu cabelo e pelo amor de Deus, não passe a mão na minha bunda! Aliás, só faça isto se eu realmente quiser e se for meu namorado/gato/marido.
    Num mundo machista esquecemos que somos nós, mulheres as mães, avós, tias e dindas que criam os meninos. E que sim, é também por culpa de mulheres machistas, que ainda ouvimos grandes asneiras vindas de ambos os sexos.
    Há cerca de três anos circulou pela internet uma mãe dando chineladas no filho adolescente que havia gravado cenas de sexo com a namorada... Apesar de não ser a favor de castigos físicos, achei esta mãe mais lúcida que muitas por aí, uma vez que não culpou a garota por fazer sexo e sim seu filho por deixar o vídeo cair na rede.
    Gostaria de viver em um lugar onde a gente pudesse ter direitos realmente iguais, mesmo sendo diferentes dos homens. 
    Veja este vídeo aqui, compilado pelo Face Empodere duas Mulheres com Beyoncé, Rihanna, Jennifer Lawrence, Taylor Swift, Megan Fox, Mayim Bialik, Cate Blanchett e Zooey Deschanel, onde elas dão respostas ao sexismo e machismo. Vale a pena refletir sobre a postura delas.
    Detesto esta onda do "tudo politicamente correto", veja bem cara leitora, não se trata disto, mas já está na hora de a gente ser respeitada. 

    Não conte para o Facebook, conte para um Psicólogo




    Pode parecer apenas mais uma frase que você leu no Face ou então pura propaganda da psicóloga que escreve este blog, mas é uma verdade: sua vida realmente pode ganhar mais qualidade se você compartilhar seus problemas (e também as felicidades) com um psicoterapeuta (atenção aqui: um psicólogo ou médico psiquiatra que trabalhe com psicologia clínica - não estou aqui abordando coaching, terapias holísticas, alternativas ou qualquer técnica não reconhecida pelos Conselhos Federais de Psicologia ou Medicina).
    Quando fazemos psicoterapia, reservamos à nós uma preciosa hora (geralmente 1 vez por semana), para sentar com um profissional que estudou e foi capacitado para ouvir sem julgar e que vai ajudar você a descobrir como solucionar seus conflitos e questões internas, sejam elas quais forem.
    Todo mundo já vivenciou algo complicado ao longo da vida, todo mundo tem seus fantasmas internos, suas angústias, questões existenciais. Quase todo mundo tem ou já teve comportamentos e até mesmo sintomas físicos provocados ou exacerbados por stress, ansiedade ou situações traumáticas.
    Há quem sinta tristeza "sem motivo", mesmo que leve, mas frequente, o que chamamos Distimia, há quem sinta vergonha de si, quem se cobre demais, quem se ame de menos, que não durma ou durma demais, quem coma demais ou não consiga comer, quem tenha dores e sintomas físicos sem uma explicação médica, medos e fobias, sentimentos como ciúme exagerado, que acarretam consequências ruins, impulsividade que coloca em perigo, momentos de depressão que paralisam.
    Parece bobo ou clichê, mas se seu dente dói, você não procura um dentista logo? Ou espera que ele vire uma cratera para procurar ajuda? Ou deixa o dente apodrecer até cair?
    Provavelmente você, pessoa bacana que lê este texto, cuida de si: gosta de roupas bonitas, de ter um corte de cabelo legal e talvez até faça as unhas semanalmente. Provavelmente você escolhe o melhor pra você e sua família, certamente não serviria para seu filho, namorado ou mãe um bolo de procedência duvidosa.
    Mas falou em procurar um psicólogo e pronto: muitas pessoas até se ofendem e dizem (ou pensam): "eu não preciso disso", "não tenho tempo", "não tenho dinheiro", "isto é coisa pra maluco ou drogado".
    Fazer terapia não é coisa só de gente "maluca ou drogada", é para todo mundo: crianças, adolescentes, adultos, casais, velhinhos. É para fazer sozinho, com a família e em casal (já atendi até namorados).
    É para apagar os incêndios da alma, mas também para prevenir um grande desastre.
    Depressão e doenças como Bulimia e Anorexia matam mais do que alguns tipos de câncer. Saúde mental é coisa séria, muito séria e não deveria ser considerada superflua, pois se sua cabeça e seu coração não vão bem, uma hora seu corpo vai cobrar a conta.
    Não fique sofrendo sozinha (o) e, por favor, não conte para o Facebook. Daqueles 1.000 amigos (ou 30/300/30 mil) alguns até podem apoiar em algumas coisas, mas não poderão ajudar como você merece. Se dê um presente: faça terapia ao menos 1 vez na vida, encontre um psicólogo com o qual você se sinta bem (pois isto é fundamental, senão o processo terapêutico não anda) e marque um encontro semanal com você mesma (o). Só uma horinha por semana.
    Quanto custa? O valor médio aqui em Florianópolis é 150 reais por sessão de 45 minutos/1 hora. Há vários convênios que tem psicólogos à disposição e, para quem não pode gastar este valor, há os CAPS (instituições destinadas a acolher pacientes oferecendo-lhes atendimento médico e psicossocial), onde o atendimento é gratuito.
    Infelizmente é provável que você tenha dificuldades de achar psicólogos com muita experiência em alguns convênios (a Unimed, por exemplo, paga um valor irrisório ao profissional), mas vale a pena o investimento.
    Em 20 anos de profissão jamais escutei de alguém que o dinheiro gasto em psicoterapia fosse um "valor jogado fora". Muito pelo contrário, as pessoas geralmente falam de como a terapia foi importante nas suas vidas e o quanto as ajudou com suas questões pessoais, amorosas, familiares, profissionais e/ou de saúde.
    Não acredite em soluções mágicas, quando lhe prometem uma vida mudada em 8 semanas. Isto não existe. As mudanças de verdade vem com o tempo, através do autoconhecimento e dos insights (momentos de clareza, de "descoberta" da solução ou dos porquês desta ou aquela dificuldade, sintoma ou comportamento).
    Em poucas sessões a tendência é você ir se sentindo melhor, mas a real melhora demanda alguns meses, para algumas situações mais complexas, pode levar anos. No entanto as mudanças que são construídas através do processo de psicoterapia são sólidas e podem sim livrar você de fobias (como andar de avião, dirigir ou falar em público), depressão, ansiedade, crises de pânico, compulsões (inclusive as alimentares), relacionamentos nocivos, comportamentos que tragam algum prejuízo, alguns tipos de doenças chamadas psicossomáticas (doenças ou sintomas físicos causados ou potencializados pelo estado emocional - como dores de cabeça, dores no estômago, doenças dermatológicas como a Psoríase, etc) e outras dores da alma. 
    Se necessário, o seu psicoterapeuta pode pedir uma avaliação com o psiquiatra para verificar a necessidade de um tratamento medicamentoso combinado à terapia - para alguns transtornos como Sídrome do Pânico ou Depressão Maior, eles são sim necessários, mas sempre com acompanhamento da psicoterapia, que é o que vai acelerar a melhora e torná-la mais consistente,
    Se cuide, se ame, VOCÊ é a pessoa mais importante da sua vida. 

    Gisele Bundchen e sua luta contra os ataques de pânico

    Imagem: Instagram @Gisele

    Esta semana Gisele Bündchen postou esta foto com um texto falado sobre algo que a maior parte dos fãs jamais imaginariam: que ela já sofreu muito com ataques de pânico e só foi capaz de superar o problema com ajuda profissional e o apoio e amor de amigos e de sua família. 
    Provavelmente Gisele não imagina o quão importante é ela, como figura pública e “super mulher” - vista pela maioria das pessoas como um exemplo de ideal de “perfeição”, de beleza, sucesso profissional e material além de excelente esposa e mãe, admitir publicamente sua luta contra os ataques de pânico.
    Centenas de milhares de pessoas que leram este post dela, em algum momento das suas vidas, já vivenciaram a sensação desesperadora de medo e impotência que vem junto com um ataque de pânico.
    Talvez muitas delas agora possam refletir sobre a necessidade de pedir ajuda e de que não há fraqueza em se ter um transtorno mental.
    Obrigada, Gisele, por ajudar a disseminar a ideia que é NORMAL TER PROBLEMAS e que ter algum transtorno mental não deve ser motivo de vergonha. 

    Ela termina o seu texto assim: “Pedir ajuda nunca é um sinal de fracasso, mas um sinal de força, porque vale a pena salvar sua vida”.
    Muita saúde, amor e luz pra todas nós!

    Discutir a relação ou viver a relação?

    Imagem: We Heart It

    Certa vez estava dirigindo e ouvindo o ótimo programa Pretinho Básico, que passa na rádio Atlântida aqui em Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

    No meio de muitas tantas piadas eles trouxeram o tema da DR, do discutir a relação que muitos casais vivem quase todos os dias (ou todos).
    Em todos estes anos em que atuo como psicoterapeuta, sempre questionei aos meus pacientes: será que é assim tão importante discutir a relação ou muitas vezes é melhor viver a relação, como dizia uma propaganda?
    Todos nós temos nossos defeitos, nossas inseguranças... Todos cometemos erros. E nem sempre colocar tudo sob minuciosa avaliação fará os problemas diminuirem.
    Claro que conversar com o outro é saudável, mas ficar horas e horas na tal DR pode resultar em uma piora do relacionamento, pois há sempre o risco de ambos os lados se exaltarem e se magoarem.
    Sabe aquela frase: "não quero ter razão, quero ser feliz", do poeta maranhense Ferreira Gullar?
    Numa entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo ele explicou a origem da frase: certa vez discutiu com a sua companheira ao ponto de ela se levantar e e o deixar falando sozinho. Ganhou a discussão, mas não ficou feliz com isto.
    Analisar tudo, querer ir até o fim numa discussão, muitas vezes só causa distanciamento num casal.
    Se o ponto a ser discutido é a toalha molhada em cima da cama ou as manias dele na hora de dormir, será mesmo que vale a pena debater sobre a toalha da discórdia?
    Lembro que certa vez vi uma entrevista na TV com Zelia Gattai, esposa de Jorge Amado. A repórter, intrigada com o carinho com que ela falava do longo casamento, perguntou para ela se Jorge não tinha defeitos como deixar copos espalhados pela casa, a toalha molhada na cama... Ela sorriu e respondeu mais ou menos assim: "Ah, ele faz isto e claro que irrita, mas ele é um marido tão bom, que amo tanto, que se deixar a toalha molhada em cima da cama eu vou lá e penduro. Não vou brigar por causa de uma bobagem."
    Amar também é ter paciência, tolerância e compaixão.
    Ninguém precisa ter razão o tempo todo. O amor não é um campo de batalha...
    Seja feliz!

    Sciuraglam, a conta de Instagram dedicada às senhoras muito estilosas (e ricas) de Milão

     Imagens: Sciuraglam

    Se você ainda não conhece o Sciuraglam , a conta do Instagram que fotografa glamourosas senhoras idosas de Milão, é apenas uma questão de tempo, pois o feed é irresistivelmente Glamouroso.
    O nome da conta se refere a “Scuira” que significa “mulher rica” no dialeto milanês.
    Quem é dono da conta que começou apenas como um hobby em dezembro de 2016 e teve um boom de crescimento  este ano é um jovem italiano chamado Angelo, que é estudante de Odontologia  e que prefere se manter anônimo.


    Em entrevista à Vogue Britânica ele contou que "Eu não tinha uma razão real para começar, eu simplesmente me apaixonei por essas mulheres icônicas em Milão se eu for ao Bar Luce [o estabelecimento imaginado por Wes Anderson na Fondazione Prada] sempre há mulheres tomando café.” 
    Segundo Angelo, não são os logos da Gucci ou outras marcas de luxo que atraem seus cliques para o Scuiragram, mas a "beleza interior" que ele vê nestas mulheres. "Eu realmente não posso descrever isso, beleza é beleza", ele reflete. "E elas usam algo que eu usaria se eu fosse uma mulher."


    Angelo começou a ver um aumento nos seguidores, enquanto as sobrinhas e netas das mulheres fotografadas começaram a encontrar suas imagens de seus parentes no Instagram. No começo, fotografei algumas mulheres sem consentimento, mas as famílias  amaram as fotos no Instagram e nos tornamos - mais ou menos - amigos”, continua ele. Quando a influencer e consultora de marca Gilda Ambrosio encontrou a conta, os jornalistas começaram a contatá-lo em massa. 


    Embora a odontologia ainda seja uma prioridade (ele está no quarto ano de seis), ele admite que gostaria de se dedicar à fotografia em tempo integral. Eu adoraria fotografar pessoas mais jovens e editoriais… para a Vogue ! Eu sei que estou sonhando grande. ”


    Com o numero de seguidores crescendo a cada dia - hoje já são 131k, Sciuraglam já ultrapassou o status de hobby e mostra que há muita, muita vida depois dos 60, 70, 80 anos!
    Que tipo de vovó você quer ser?
    Eu certamente quero ir tomar café com minhas amigas com roupas lindas e muitos acessórios... e quem sabe o cabelo cor de rosa!