O adeus de Kate Spade e o que ele nos ensina sobre suicídio - Garotas Modernas Garotas Modernas : O adeus de Kate Spade e o que ele nos ensina sobre suicídio

O adeus de Kate Spade e o que ele nos ensina sobre suicídio



Ontem a designer Kate Spade, reconhecida mundialmente e pela qual tenho uma grande admiração, foi encontrada morta em seu apartamento em NY, provavelmente vítima de suicídio.
Conversar pode salvar uma vida!
O suicídio tira a vida de milhares de pessoas todos os anos - a depressão, que predispõe ao suicídio, mata mais que alguns tipos de câncer. Segundo a Organização Mundial da Saúde são cerca de 800 mil mortes por ano no mundo. É a segunda maior causa de morte entre jovens (só perde para os acidentes automobilísticos) e ainda é um tabu.
Muitas pessoas têm, ao longo da vida, pensamentos suicidas e, infelizmente, algumas se matam por não suportarem a dor de viver.
Uma pessoa que pensa em suicídio precisa ser ajudada, precisa ser ouvida, acolhida e compreendida.
Não pense que "é bobagem" ou "fraqueza", que a pessoa fala sobre morrer "só pra chamar atenção", que é coisa de "pessoas sem Deus".
Quem pensa em suicídio está sofrendo.
Ajude!
Se algum familiar ou amigo anda falando sobre morrer, leve a sério.
Ele está pedindo socorro!

Kate Spade tinha 55 anos, era casada, tinha uma filha de 13 anos e o império por ela construído era repleto de imagens de bom humor, esperança e felicidade. A marca tinha esta característica de ser empoderadora das mulheres (antes de isto virar moda), cheia de energia, vibrante, colorida, festiva e otimista.
Tenho num porta retrato em cima da minha penteadeira um cartão da marca com uma das frases icônicas de Kate Spade: "Shes a quick and curious and playful and strong" (Ela é ágil e curiosa e brincalhona e forte). Esta é uma das muitas frases de Kate que ficaram famosas e estampavam ítens de papelaria, acessórios e muitos dos seus materiais de publicidade.


Em entrevista a irmã de Kate Spade disse que ela lutava contra a depressão (e possivelmente um transtorno bipolar) há alguns anos e que não aceitava se tratar de forma mais efetiva pois tinha medo do que as pessoas iriam pensar se ela admitisse estar com problemas emocionais. Aparentemente ela queria preservar a imagem de otimismo que era a base da marca que criou e sentia que admitir que tinha uma doença mental seria visto como sinal de fraqueza.
Infelizmente Kate Spade não conseguiu aceitar a ajuda que precisava.
Depressão não é fraqueza nem falha de caráter. É uma doença que precisa de ajuda profissional e muito apoio da família e amigos.
Se você ou alguém de sua família estiver deprimido, procure ajuda. Isto pode salvar uma vida!

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